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Uruaçu, Goiás, Brasil,04/10/2024

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Em Goiás, delegada atira em pai suspeito de estuprar a filha após ele ameaçar e tentar impedir testemunha de pegar documentos

A delegada Aline Lopes disse que disparo foi em legítima defesa, uma vez que o homem ameaçou agredir a testemunha e não obedeceu às ordens feitas pela mesma.


Em Goiás, delegada atira em pai suspeito de estuprar a filha após ele ameaçar e tentar impedir testemunha de pegar documentos Delegada titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Anápolis, Aline Lopes. Foto: Redes Sociais

A delegada titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) da Polícia Civil (PC) de Anápolis, Aline Lopes, precisou atirar em um homem para contê-lo após o mesmo ameaçar e tentar impedir uma testemunha de pegar os documentos ao registrar uma denúncia de abuso sexual na delegacia.

Aline contou que a denúncia de abuso sexual estava sendo registrada na delegacia pelo Conselho Tutelar. No local estavam a adolescente de 14 anos, a mãe dela e uma testemunha. Enquanto o registro estava sendo feito, o pai da adolescente, suspeito do abuso, tentou arrastar a menina do local e tirá-la de lá à força.

Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) da Polícia Civil (PC) de Anápolis. Foto: PC

A investigadora relatou que, na sua ausência, uma policial entrou em conflito com o homem e conseguiu retirar a adolescente dos braços dele, a encaminhando para outra sala. Quando chegou ao local, a delegada se deparou com o homem na praça em frente à delegacia. Na sequência, a testemunha que denunciava o caso precisava ir até o carro para pegar seus documentos e a delegada a acompanhou, visto que ela estava com medo.

A delegada disse que assim que viu a testemunha, o homem já foi em direção dela, mesmo com o alerta para que ele ficasse longe.

Ele continuou vindo na nossa direção. Quando ele chegou bem próximo de nós, ele falou para eu atirar nele, seguindo na direção da testemunha. Depois de muito verbalizar, efetuei um disparo na região da perna dele para fazer com que ele não agredisse nem a mim e nem a ela. O socorro foi acionado e a Corregedoria da Polícia Civil também”, afirmou a delegada.

A delegada explica que a ação se deu por legítima defesa. “Legítima defesa é impedir que a agressão continue e que ela cesse. Aquele tiro foi o suficiente para que ele não conseguisse o que estava querendo, que era agredir a testemunha, mesmo após diversas advertências”, enfatizou.

Conforme Aline Lopes, o homem foi autuado em flagrante por coação no curso do processo, uma vez que a intenção dele era impedir que a filha o denunciasse e passasse por exames. Ele foi encaminhado para o hospital, onde está sendo custodiado, e após ter alta, será preso, informou a delegada.

O nome do homem não foi divulgado, razão pela qual nossa reportagem não localizou a sua defesa.

Investigações

Sobre o caso de estupro, a delegada disse que ainda não tem detalhes sobre a situação. O que a polícia sabe, até o momento, é que a mãe e a adolescente têm problemas mentais e que a menina teria relatado para uma vizinha o que o pai fazia com ela. Aline informou que a polícia vai apurar o caso e o que motivou o homem a querer impedir que a polícia apurasse o caso. Ele será investigado pelo crime de estupro de vulnerável.




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